Segundo dia (Continuação)
Ao ser examinado em casa, ele mal bateu o olho e deu logo o diagnostico, naquela frieza médica característica: É Catapora. Como assim?!?! Ele me diz que eu tenho uma doença altamente contagiosa, que vai me deixar todo purulento em pleno Reveillon , consequentemente de quarentena em casa e simplesmente disse: “É Catapora”. Não houve fraternidade, nem eufemismos, nem sequer ele mandou-me sentar antes de dizer. N-A-D-A.
E assim, se foram por água abaixo os meus planos de um réveillon agradável rodeado de amigos e família na praia, espumantes, escoceses e todo o resto dessa trupe que nos deixa feliz na noite da virada e com vontade de amar todo mundo, fazer votos de felicidades, comer ondas, pular lentilhas, abraçar o tio careca com olhos marejados ao som de “hoje é um novo dia um novo tempo que começou” (esquecendo também o quanto esse Jingle perturbou 180 milhões de brasileiros) e toda aquela empolgação etílica típica dessas festividades.
Eu fiquei meio que sem acreditar que nessa idade, nessa ocasião eu ia ser infectado por uma doença dessas. Na hora eu comecei a me coçar. Sim, antes disto eu nem sequer havia pensado em coceira, mas parece que meu organismo absorveu a informação e me deu a reação de imediato. Obviamente, como pessoa precavida que sou, fui procurar na internet possíveis tratamentos para a catapora, coisas que pudessem aliviar a coceira, entre outras coisas. O problema, é que procurar doença na internet é quase como abrir o Guinness Book das doenças, só aparecem os mais catastróficos casos registrados no século! Só pode! Eram informações e fotos umas piores do que as outras e no meu desespero pueril desliguei tudo e fui dormir com medo de um futuro próximo que me aguardava.
Minha situação ao tentar ir dormir. |